As autoridades cubanas libertaram sábado o prisioneiro político Ariel Sigler, paraplégico e que se encontrava encarcerado há sete anos, depois de um esforço mediação inédito por parte da igreja católica em Cuba.
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A libertação de Sigler, 46 anos, oficialmente por razões de saúde, é a primeira a ser decretada pelo governo de Raul Castro depois da morte na prisão em finais de Fevereiro do dissidente Guillermo Farinas, 48 anos, na sequência de uma greve de fome.
De acordo com jornalistas na capital cubana, Ariel Sigler, que se encontrava hospitalizado em Havana desde Agosto de 2009, foi transportado em ambulância até sua casa em Matanzas, cerca de 100 quilómetros a leste de Havana.
"Sete anos de prisão arruinaram a minha vida. Quando entrei pesava 91 quilos e agora peso 48", disse Ariel Sigler a jornalistas ao chegar a casa.
"Não tenho que agradecer (a libertação) a este governo, que é uma tirania. Não foi por vontade do governo que fui libertado, mas graças a pressões internacionais e aos irmãos no exílio", afirmou.
Sigler, que tinha sido condenado a 20 de prisão por actividades anticastristas garantiu ainda pretender "continuar a lutar até que todos os prisioneiros políticos sejam libertados".