As pragas de gafanhoto elegante e lagarta invasora, que destroem culturas alimentares na província de Manica, centro de Moçambique, estão a "deteriorar a situação calamitosa" da população já castigada pelas enxurradas.
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"As pragas contribuíram para a destruição de algumas áreas de produção e estão a afetar 1645 famílias que necessitam de ajuda adicional", disse Ana Comuane, governadora da província de Manica, numa avaliação da situação de emergência.
Ao todo, 2213 hectares, quase metade de toda área afetada pelas enxurradas em Manica, de culturas diversas, sobretudo milho e feijões, foram destruídos pelas pragas, que atingiram os distritos de Tambara e Macossa (norte), Chimoio (centro) e Machaze (sul).
Entretanto, Ana Comuane disse que uma intervenção de emergência nas áreas afetadas, através da disponibilização de pesticidas, garantiu o "controlo a tempo", antes que a praga, proveniente da vizinha Zâmbia, invadisse por completo e destruísse mais culturas.
"Mantemos a monitoria da praga e está em processo a aquisição de insumos agrícolas para as áreas afetadas", referiu a governadora.
No total, sete mil famílias, que viram as suas áreas de produção inundadas ou atingidas pela praga de gafanhotos na província de Manica, vão beneficiar de 56 toneladas de batata-doce de polpa alaranjada para combater a fome e melhorar a sua situação nutricional.