Na Hungria, pelo menos três pessoas morreram e mais de cem adoeceram ou ficaram feridas na sequência da inundação de uma lama tóxica vinda de uma fábrica de alumínio.
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A catástrofe ecológica levou o Governo húngaro a decretar o estado de emergência em vários condados da zona Oeste país.
Segundo a EuroNews, o produto começou a derramar do reservatório tóxico da fábrica Ajka, situado a 165 quilómetros de Budapeste, tendo inundado várias localidades rurais.
A gravidade da situação levou o secretário de Estado do Ambiente da Hungria, Zoltán Illés, a declarar que "esta é a mais grave catástrofe química que o país enfrentou".
Na aldeia de Kolontar, a escola teve que ser evacuada. Numa aldeia vizinha, um morador relata que conseguiu salvar o pai, de 85 anos, mas não impediu a vítima de sofrer ferimentos graves nas pernas.
Para já, não são conhecidas as causas que levaram à ruptura do dique. A lama tóxica vermelha alastrou-se por várias dezenas de quilómetros, afectando os condados de Veszprem, Gyor-Moson-Sopron e Vas.
Um homem, uma mulher e um menor acabaram por morrer ao serem arrastadas pelo lodo, segundo informações das autoridades. Entre as vítimas da tragédia, contam-se ainda várias pessoas desaparecidas.
Os feridos sofreram queimaduras de diferentes graus ao terem contacto com a substância corrosiva, sendo que pelo menos oito deles encontravam-se, ontem, em estado grave, de acordo com os serviços médicos.
Certo é que o produto, resultado da produção de alumínio, é composto por vários elementos prejudiciais à saúde, como é o caso de elementos corrosivos e chumbo. Para produzir uma tonelada de alumínio, geram-se três toneladas desta lama tóxica.