O terramoto, tsunami e acidente nuclear de março de 2011 causaram na província japonesa de Fukushima 1605 mortes indiretas até novembro, segundo dados oficiais citados pelo diário "Mainichi".
Corpo do artigo
De acordo com os dados do Governo de Fukushima, o maior número de mortes está relacionado com o agravamento de doenças devido a falta de tratamento adequado ou agravamento das condições de vida das pessoas que foram obrigadas a deixar as suas casas na sequência do acidente nuclear, o que também gerou suicídios.
Cerca de 52 mil pessoas continuam deslocadas em Fukushima desde o desastre de 2011, muitas das quais a residir em casas temporárias e sem saber quando e se poderão um dia regressar a casa.
O número de mortes indiretas em Fukushima é praticamente o mesmo do que o número de mortes diretas do desastre de 2011, ou seja, 1606.
De acordo com os especialistas, quando mais tempo passa, mais difícil é estabelecer com clareza as causas das mortes indiretas, o que dificulta a gestão das indemnizações.
No caso de Fukushima, as autoridades aceitaram o pagamento de 80% das compensações reclamadas, que, no total, podem atingir cinco milhões de ienes (35270 euros).