Pelo menos dez pessoas morreram e dezenas ficaram feridas, na segunda-feira, na Nigéria, na sequência de confrontos entre manifestantes e a polícia, no primeiro dia de greve geral contra a subida dos preços dos combustíveis que paralisou o país.
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Os confrontos mais violentos ocorreram em Kano, cidade no norte da Nigéria, com maioria muçulmana, onde duas pessoas morreram a tiro e foram registados cerca de 30 feridos, de acordo com um responsável hospitalar citado pela agência noticiosa francesa AFP.
A polícia recorreu a gás lacrimogéneo e tiros para o ar para dispersar os manifestantes que procuravam invadir a sede do governo do Estado e tentaram incendiar a casa do governador do banco central.
As autoridades tiveram mesmo que decretar um recolher obrigatório, na cidade ao final da tarde.
Em Gusau, capital do Estado de Zamfara, também no norte, ocorreram cinco mortes e em Lagos, capital económica do país que é o primeiro produtor de petróleo de África, há registo de três mortes.
A greve, com uma duração indeterminada, surge num contexto de tensão crescente entre cristãos e muçulmanos no país mais povoado de África, tendo os manifestantes tentado, na passada segunda-feira, incendiar uma mesquita no sul com maioria de cristãos.