A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, deve enviar nos próximos dias ao Congresso uma proposta de emenda constitucional para a realização de novas eleições no dia 2 outubro.
Corpo do artigo
A notícia divulgada, esta segunda-feira, pelo jornal "O Globo" refere que a presidente e alguns ministros como Jaques Wagner, da Casa Civil, e Ricardo Berzoini, da Secretaria de Governo, concordaram com a ideia de eleições antecipadas, mas Dilma Rousseff ainda gostaria de ter o consenso dos movimentos sociais antes de anunciar a medida.
Uma emenda constitucional antecipando as eleições seria a última cartada do Governo antes da votação do relatório que pode instaurar um processo de destituição contra a chefe de Estado no Senado (Câmara alta do parlamento).
A comissão de senadores deve apresentar e votar este relatório nos próximos dias.
Caso o processo seja aceite pela comissão, conforme a expectativa do Governo, Dilma Rousseff seria afastada da Presidência da República por pelo menos 180 dias e o vice-presidente Michel Temer assumiria o cargo.
O jornal relata que Dilma Rousseff poderá lançar a ideia na próxima sexta-feira, num discurso à nação através de todas as cadeias de rádio e televisão do país.
Renunciando ao cargo, Dilma Rousseff pediria a Michel Temer que fizesse o mesmo.
Todavia, segundo apurou "O Globo", o vice-presidente não pretende renunciar se o Governo realmente tomar esta medida.
Apesar da resistência que pode encontrar entre os seus opositores, uma sondagem divulgada no dia 25 de abril pela empresa de pesquisa Ibope demonstrou que a população tende a aceitar a ideia, já que 62% dos entrevistados em todo o país declararam que preferem que Dilma Rousseff e Michel Temer saiam do governo para que haja novas eleições.