A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, considerou esta terça-feira "preocupante" a situação de polarização observada no Conselho de Segurança das Nações Unidas, destacando a "urgência" de uma reforma com a inclusão de novos membros permanentes.
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"É preocupante a limitada representação do Conselho de Segurança da ONU face aos novos desafios do século XXI. Exemplos disso são a grande dificuldade de oferecer solução para o conflito sírio e a paralisia no tratamento da questão israelo-palestina", afirmou a presidente brasileira, que defende uma reforma do organismo até 2015.
Dilma Rousseff recordou que o ano de 2015 marcará o 70.º aniversário das Nações Unidas e o 10.º aniversário da Cimeira Mundial de 2005, ocasião em que foi feito o pedido para uma reforma com a inclusão de novos membros permanentes e não permanentes no conselho.
"Impõe evitar a derrota coletiva que representaria chegar a 2015 sem um Conselho de Segurança capaz de exercer plenamente suas responsabilidades no mundo de hoje", afirmou.
Dilma Rousseff criticou ainda o "imobilismo perigoso" gerado pela "recorrente polarização" entre os membros permanentes (EUA, França, Grã Bretanha, China e Rússia), os mesmos desde a criação das Nações Unidas, em 1945.
"Urge dotar o conselho de vozes, ao mesmo tempo, independentes e construtivas", acrescentou a líder brasileira, a sublinhar a necessidade de incluir nações em desenvolvimento entre os membros permanentes e não-permanentes do conselho.