O director-geral do Fundo Monetário Internacional, Dominique Strauss-Kahn, deixou esta noite o comissariado de Nova Iorque algemado nas costas, decorridas cerca de 30 horas da sua detenção num avião da Air France.
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Strauss-Kahn entrou na traseira de um carro da polícia e sentou-se entre dois agentes, sem ter feito qualquer declaração aos jornalistas, constatou um repórter da France Press no local.
Dominique Strauss-Khan vai comparecer no tribunal criminal de Nova Iorque apenas durante o dia de segunda feira para conhecer a acusação de que é alvo, disse o seu advogado, ao salientar que o adiamento é motivado por novas análises para recolha de provas, a pedido do procurador.
O director do FMI encontra-se sob custódia policial no norte de Manhattan, depois de ter sido acusado na madrugada de domingo de agressão sexual, tentativa de violação e sequestro de uma empregada de hotel no quarto onde estava hospedado em Nova Iorque.
O Wall Street Journal, que cita fontes policiais, avançou que a polícia pediu um mandado de busca para fazer um exame corporal a Strauss-Khan, para detectar arranhões ou vestígios de ADN da alegada vítima.
O director do FMI "consentiu a realização do exame científico e forense esta noite, a pedido", afirmou Taylor.
Os advogados do director do FMI já fizeram saber que se vai declarar inocente.
Após a audiência de hoje, outro advogado, Benjamin Brafman, afirmou que Strauss-Khan "vai defender-se vigorosamente" das acusações de que é alvo e que "nega quaisquer actos ilícitos".
Adiantou que o director do FMI está "cansado, mas bem".
Na sessão de segunda feira, o director do FMI será informado das acusações de que é alvo e o juiz decidirá se vai ser libertado sob fiança, e em que montante.
Será ainda informado se o caso será ouvido por um comité de jurados ("Grand Jury"), que declarações prestadas à polícia serão consideradas e se foi identificado por testemunhas, de acordo com o gabinete do Procurador de Nova Iorque.