Os embaixadores dos 28 Estados membros da União Europeia aprovaram, na noite de sexta-feira, mais sanções económicas contra a Federação Russa, apesar de um acordo de cessar-fogo na Ucrânia.
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"Este novo pacote de medidas restritivas foi aprovado" ao nível do comité dos representantes permanentes dos Estados membros junto da UE, escreveram o presidente da Comissão, Durão Barroso, e o do Conselho, Herman Van Rompuy, em carta dirigida aos chefes de Estado e governo.
O texto do acordo de princípio vai ser finalizado no fim de semana e um procedimento escrito de adoção pelos Estados membros lançado na segunda-feira, segundo a carta.
O pacote inclui medidas reforçadas quanto ao acesso aos mercados de capitais, à defesa, aos bens de duplo uso (civil e militar) e tecnologias sensíveis, adiantaram.
Foram também acrescentados nomes à lista de pessoas já sancionadas por medidas dirigidas, como o congelamento de ativos e a interdição de vistos.
Esta lista já inclui "o novo poder na região do Donbass, o governo da Crimeia, bem como decisores e oligarcas russos", acrescentaram, sem mais detalhes.
Uma centena de dirigentes russos e ucranianos e uma vintena de entidades já foram visadas pelas sanções dirigidas, como o vice-primeiro ministro russo Dmitri Rogozin e os chefes dos serviços de informações russos.
O Conselho Europeu tinha mandatado, em 30 de agosto, os dirigentes da UE para reforçarem as medidas contra Moscovo, depois das informações sobre a participação direta de tropas russas nos combates no leste da Ucrânia.
Depois da adoção formal na segunda-feira, esta série de medidas é publicada no Jornal Oficial da UE, permitindo a sua entrada em vigor, segundo uma fonte diplomática.
"É a prova que os governos da UE estão pontos para fazer o que for preciso para mostrar à Rússia as consequências das suas ações", estimou outra fonte diplomática europeia.
O porta-voz da chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, sublinhou que a UE "saudava o acordo de cessar-fogo concluído em Minsk" entre Kiev e os rebeldes pró-russos.
Este acordo, que inclui uma vertente sobre a retirada das tropas e uma troca de prisioneiros, "deve ser respeitado e aplicado inteiramente por todas a partes", continuou.