Representantes do governo de Kiev e dos separatistas pró-russos firmaram, esta sexta-feira, um acordo de cessar-fogo no leste da Ucrânia, com mediação da Rússia e da OSCE.
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A trégua entre as duas partes, assinada no decurso de conversações em Minsl, capital da Bielorrússia, deverá entrar em vigor a partir das 18.00 horas locais (15.00 horas em Portugal continental), informou na sua conta na rede social Twitter a autoproclamada República Popular de Donetsk (DNR).
"Representantes da Ucrânia, da DNR e da LNR [a autoproclamada República de Lugansk] assinaram um protocolo de acordo em Minsk sobre um cessar-fogo a partir das 18.00 horas de sexta-feira", declararam, sem fornecer mais detalhes.
De acordo com a agência noticiosa AFP, a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), que participou na mediação, já confirmou o acordo.
Em Kiev, o presidente ucraniano Petro Poroshenko disse que o seu enviado assinou uma trégua "preliminar" com os rebeldes pró-russos e pouco depois ordenava ao exército o fim das hostilidades.
"Ordenei ao chefe de estado-maior das forças armadas para cessar as hostilidades a partir das 18.00 horas, a 5 de setembro", indicou o presidente citado pelo seu serviço de imprensa.
O primeiro-ministro ucraniano, Arseniy Yatsenyuk, afirmou em paralelo que o sucesso do cessar-fogo depende da retirada das tropas russas do leste do país.
"É necessário restabelecer a paz não na base de um plano proposto pelo presidente russo mas no proposto pelo presidente ucraniano, que deve ser apoiado pelos Estados Unidos e União Europeia. Sozinhos, não poderemos ter sucesso face à Rússia", indicou Yatsenyuk.
"O plano de paz deve prever um cessar-fogo, a retirada das tropas russas, e o restabelecimento do controlo das fronteiras", acrescentou durante uma reunião do Executivo.