O dissidente cubano José Daniel Ferrer foi libertado, no domingo, sem acusação, depois de ter estado detido durante mais de 72 horas na província de Santiago de Cuba.
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José Daniel Ferrer, de 42 anos, foi detido na sua casa perto de Santiago de Cuba na quinta-feira, tendo a polícia confiscado alguns documentos seus e outros pertences, explicou o presidente da Comissão Cubana para os Direitos Humanos e Reconciliação Nacional, grupo proibido mas tolerado em Cuba, Elizardo Sanchez, citado pela agência noticiosa AFP. "Foi libertado de manhã, sem acusação, tal como anteriormente", disse.
Ferrer, que lidera o grupo União Patriótica de Cuba, foi um dos 75 dissidentes que foi preso e condenado em 2003, mas foi libertado no ano passado, através da mediação da Igreja Católica.
Esta foi a quarta detenção de Ferrer este ano devido às suas atividades políticas contra o regime comunista cubano.
Também foi libertado este fim-de-semana o dissidente Guillermo Farinas, jornalista e psicólogo, prémio Sakharov do Parlamento Europeu pela defesa dos direitos humanos, que esteve detido por 48 horas na cidade de Santa Clara, a 270 quilómetros de Havana, por ter protestado na rua com outros opositores.
O dissidente alegadamente protestava contra o desaparecimento de um computador da casa do dissidente Jorge Luis Artiles, que atribui às autoridades cubanas. Farinas foi detido três vezes nos últimos dias pela mesma razão.
A oposição em Cuba é ilegal e o Governo cubano considera os dissidentes como mercenários ao serviço dos Estados Unidos.