A caça furtiva em Angola tem provocado todos os anos o abate de cerca de dois mil animais, de grande e pequeno porte, revela um estudo do Ministério angolano do Ambiente.
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O estudo foi apresentado este mês no Menongue, capital da província do Cuando Cubango, que acolheu a conferência internacional sobre caça furtiva, identificando elefantes, jacarés e felinos como os animais mais atingidos.
Citado hoje pela agência noticiosa angolana, Angop, o estudo refere que este ano foi verificada a presença de caçadores furtivos provenientes das vizinhas Repúblicas da Namíbia e Zâmbia, nos parques de Mavinga e Luengue-Luiana, na província do Cuando Cubango (sul).
"As autoridades em Angola registam o tráfico de espécies como macacos, chimpanzés, pombo verde e papagaios, maioritariamente provenientes das províncias de Cabinda, Cuanza Norte, Uíge, e, em menor quantidade, do sul do país", destaca o documento.
De acordo ainda com o estudo, o tráfico de marfim e corno de rinocerontes tem envolvido cidadãos de vários estratos da sociedade, aliciados por redes internacionais da África do Sul, Namíbia e Tanzânia.
Na abertura da conferência, a 03 de setembro deste mês, o governador do Cuando Cubango, Higino Carneiro, disse que aquela região, no sul de Angola, vive diariamente o "drama" do abate indiscriminado de elefantes, rinocerontes, hipopótamos e búfalos.