Dois norte-americanos e dois canadianos foram sequestrados na terça-feira numa emboscada conduzida por um grupo de homens armados não identificados no norte da Nigéria.
Corpo do artigo
O porta-voz da polícia do Estado de Kaduna, Mukhtar Aliyu, precisou, em declarações à agência noticiosa francesa France Presse (AFP), que os cidadãos estrangeiros tinham saído da cidade de Kaduna em direção à capital federal, Abuja, quando "homens armados não identificados" intercetaram os veículos em que viajavam e atingiram mortalmente a escolta policial que acompanhava os norte-americanos e os canadianos.
Durante a emboscada, que ocorreu ao final da tarde de terça-feira, os sequestradores envolveram-se "numa intensa troca de tiros com os dois agentes policiais que escoltavam os expatriados, agentes que infelizmente perderam a vida", acrescentou a mesma fonte.
Mukhtar Aliyu afirmou que "a polícia está a fazer tudo o que é possível para resgatar" os estrangeiros e que destacou "todos os meios disponíveis (incluindo unidades especiais especializadas em sequestros) para encontrar os expatriados com vida e para prender os sequestradores".
O porta-voz da polícia não forneceu qualquer pormenor sobre a identidade dos quatro reféns.
Contactado pela AFP, um porta-voz da embaixada dos Estados Unidos em Abuja recusou-se a comentar estas informações.
A embaixada do Canadá foi igualmente contactada, mas sem sucesso até ao momento, segundo a agência francesa.
A Nigéria tem sido palco, desde 2009, da violenta insurgência do grupo fundamentalista Boko Haram, que pretende criar um estado islâmico na zona norte daquele país.
Os sequestros também são uma prática muito comum na Nigéria, onde as pessoas mais ricas e as respetivas famílias são frequentemente alvo de grupos criminosos. As vítimas são, normalmente, libertadas após alguns dias, depois do pagamento do resgate exigido pelos sequestradores.
Quatro britânicos, incluindo um casal ligado a uma instituição de caridade cristã, foram sequestrados, no passado dia 13 de outubro, perto de Warri, no Estado do Delta (sudeste).
Em novembro, o governo britânico anunciou que um dos reféns, Ian Squire, tinha sido morto durante o cativeiro. Os outros três reféns foram libertados e voltaram para o Reino Unido.
Em meados de outubro, um padre italiano, identificado como Maurizio Pallu, foi igualmente sequestrado perto da localidade de Benin, no Estado do Edo, vizinho do Delta, por uma milícia armada. O sacerdote seria libertado cinco dias mais tarde.