O milionário Donald Trump, favorito das primárias republicanas às presidenciais norte-americanas de 2016, apareceu no último vídeo de propaganda dos militantes islamitas somalis Shebab.
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O grupo, ligado à al-Qaeda, difundiu na sexta-feira um vídeo de 51 minutos, destinado a atrair recrutas, denunciando a desigualdade racial nos Estados Unidos, no qual incluiu imagens de Trump a apelar à proibição da entrada dos muçulmanos nos EUA, indicou este sábado o SITE Intelligence Group, especializado em vigilância de sítios islamitas na internet.
Donald Trump propôs a 7 de dezembro o encerramento "temporário" das fronteiras dos EUA aos muçulmanos, após a morte de 14 pessoas num ataque liderado por um casal de muçulmanos radicais em San Bernardino, Califórnia, observações que lhe valeram críticas no mundo inteiro.
As imagens de Trump aparecem entre dois clipes do islamita americano-iemenita Anwar al-Awlaki, morto durante um ataque de drones dos EUA a 30 de setembro de 2011, incitando os muçulmanos americanos a "fugir da atmosfera opressiva do Ocidente para a terra do Islão".
O vídeo foi distribuído no Twitter na sexta-feira pela Media Foundation Al-Kataib, que divulga vídeos de propaganda para a Al-Shabaab, acrescentou o SITE.
Mensagens contra Trump
Na Califórnia, seis aviões puxaram faixas com inscrições contra Donald Trump no céu, quando milhares de pessoas assistiam ao Rose Parade, em Pasadena. "A América é grande! Trump é nojento", "Qualquer um exceto Trump", "Trump ama odiar", ou "Trump é delirante", são alguns dos slogans contra o candidato republicano.
De acordo com o canal de televisão CBS News, um homem de negócios de Alabama (sul), Stan Pate, está por detrás deste "show" aéreo, do qual muitas imagens foram publicadas em redes sociais.
Donald Trump saudou o Novo Ano no Facebook afirmando que "2015 foi um ano muito particular", agradecendo pelo apoio dos partidários. "Nós fazemos a História juntos. A maioria silenciosa não é mais silenciosa", acrescentou.