Eleições, influência chinesa e recursos. O que explica a "aposta" de Trump em Milei e na Argentina?
A passar por um momento de grande impopularidade, o presidente argentino tem como último recurso o apoio de Washington. Donald Trump, que enfrenta críticas internas devido à ajuda dada a Buenos Aires, condicionou, todavia, o auxílio a uma vitória de Javier Milei nas legislativas intercalares. O país sul-americano é visto como um laboratório para afastar a influência da China na América Latina.
Corpo do artigo
O chefe de Estado norte-americano recebeu o homólogo argentino na Casa Branca, na terça-feira. Milei tenta assegurar um apoio de 20 mil milhões de dólares (17,1 mil milhões de euros) para estabilizar o peso argentino, que, até ao início de setembro, tinha desvalorizado, este ano, 27% em relação à moeda dos EUA, segundo a consultora Elos Ayta.
O empréstimo de Washington, que ocorrerá na forma da compra da moeda argentina pela Reserva Federal (Fed) norte-americana, dependerá do desempenho do Governo argentino nas eleições intercalares de 26 de outubro. "Se ele perder, não seremos generosos com a Argentina", afirmou Trump. "Estou com este homem porque a sua filosofia está correta. E pode ganhar ou não - acho que vai ganhar. E se ganhar, ficaremos com ele; se não ganhar, estamos fora", avisou.