Os Emirados Árabes Unidos e o Barém reagiram de forma positiva ao ataque das autoridades egípcias contra os apoiantes de Morsi e dos quais resultaram centenas de mortes. O dever do Estado é repor a ordem, dizem.
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Em reação aos acontecimentos recentes no Egito, o Ministério dos Negócios Estrangeiros dos Emirados Árabes Unidos veio a público manifestar o seu apoio e "compreensão" às "medidas soberanas tomadas pelo Governo egípcio" que tem como missão repor a ordem no país.
Salientando a prática de "máxima autocontenção" no período do Ramadão, o Estado do Golfo criticou, de acordo com a agência noticiosa AFP, aquilo que considera ser a "insistência de grupos políticos extremistas" que usam "discursos de violência".
"O que é de lamentar é a insistência em retóricas de de violência, incitação e rompimento dos interesses públicos", afirmam os representantes dos Emirados que, dias antes da queda de Morsi, no mês passado, ofereceu cerca de 3 biliões de dólares para a recuperação da economia egípcia.
O país pede, ainda, a reconciliação nacional do Egito e afirma que é necessário um consenso no país para que haja uma transição democrática.
"As medidas tomadas pelo Egito para restaurar a ordem vão de encontro ao pedido dos cidadãos que querem um Estado com o dever de os proteger", afirmou o Reino do Barém, num comunicado que também pede a resolução dos problemas internos para que o país "recupere o papel de liderança no mundo árabe e muçulmano".