Empresa portuguesa que colabora com Kiev: "Os enxames de drones são o futuro"
Com os céus do Leste Europeu em alerta face aos crescentes casos de violação do espaço aéreo, o aumento da aposta na defesa das fronteiras tem marcado a agenda política dos aliados. "Da forma como a geopolítica está a evoluir, os países vão ter de investir muito mais em segurança", notou António Relvas, diretor de inovação da Tekever, líder portuguesa na área da vigilância autónoma e conhecida por fornecer drones AR3 e AR5 à Ucrânia.
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Instalada nas Caldas da Rainha, a empresa leva os seus aparelhos aos quatro cantos do Mundo em missões de monitorização de áreas de difícil acesso, utilizando a inteligência artificial para detetar ameaças à vida humana e ao ambiente. Numa conversa dedicada aos desafios de 2030, por altura do 137.° aniversário do "Jornal de Notícias", António Relvas explicou que, embora o conflito na Ucrânia esteja centrado no tradicional conceito de guerra de trincheiras, o apoio dos meios tecnológicos é incontornável. "Os militares estão no terreno, mas as pessoas que estão a fazer a guerra estão a 300, 400 quilómetros da frente de batalha", notou, realçando que já é possível programar drones para que a decisão final de ataque não dependa de um ser humano.
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