Empresário brasileiro morre envenenado com bolo brigadeiro oferecido pela namorada
Seis pessoas estão indiciadas pelo homicídio do empresário Luiz Marcelo Ormond. O brasileiro morreu em 17 de maio, envenenado com morfina e um tranquilizante escondidos num bolo brigadeiro.
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Entre as seis pessoas indiciadas pelo crime estão, de acordo com o jornal brasileiro "Globo", Júlia Pimenta, psicóloga e namorada do empresário, e a sua amiga Suyany Breschak. Por sua vez, Leandro Cantanhede, namorado de Suyany, e o amigo Victor Chaffin são acusados de terem recebido bens de Luiz Marcelo, como o carro, duas pistolas, computadores, telemóvel, ar condicionado, 12 relógios e outras joias, e de terem tentando negociá-los posteriormente. Já Geovani Gonçalves e o sobrinho Michel Soares estão indiciados por porte ilegal de arma de fogo por terem alegadamente comprado as duas pistolas do empresário.
O empresário brasileiro Luiz Marcelo Ormond foi encontrado morto, em maio, sentado no sofá do seu apartamento, no Engenho Novo, Zona Norte do Rio. Segundo a investigação, o homem morreu envenenado três dias antes com morfina e clonazepam, um medicamento usado para prevenir e tratar convulsões e transtornos do pânico e ansiedade.
A última vez que o empresário foi visto foi nas imagens de videovigilância do elevador do prédio onde morava com a namorada. A polícia acusa Júlia de ter envenenado o namorado com um alimento, descrito por Suyany como um bolo brigadeiro. Segundo a mulher, Júlia admitiu ter matado o namorado com a sobremesa, que escondia dezenas de comprimidos à base de morfina, que Júlia terá comprado dez dias antes do crime numa farmácia em Piedade, na Zona Norte do Rio. Com a ajuda de Suyane, Júlia moeu os comprimidos e guardou-os em sacos de plástico, antes de usar o pó na receita do bolo.
Os investigadores consideram que a alta dosagem das drogas matou Luíz Marcelo em menos de meia hora. As filmagens das câmaras de videovigilância mostram o empresário a descer para a piscina às 17.04 horas com o prato do bolo na mão e, às 17.47 horas, a subir para o apartamento a tossir.
De acordo com a Imprensa brasileira, a amizade entre Júlia e Suyany partia da crença de que a última tinha "poderes", autodenominando-se "Cigana Esmeralda". Júlia tinha uma dívida de 600 mil reais (cerca de 100 mil euros) para com Suyany, sendo que já tinha pagado cerca de 200 mil reais (33 mil euros). A polícia descobriu que Suyany foi a destinatária de todos os bens roubados de Luiz Marcelo. Aliás, Suyany é considerada a mentora do crime, tendo arquitetado o homicídio que foi executado por Júlia.