Enviado chinês reconhece dificuldades em promover negociações entre a Rússia e a Ucrânia
O enviado especial da China para a região da Eurásia, Li Hui, reconheceu, esta sexta-feira, dificuldades em conseguir convencer a Ucrânia e a Rússia a sentarem-se à mesa e iniciarem negociações para a paz.
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"Vai ser difícil para as duas partes sentarem-se à mesa. Mas é importante que alguém tome a iniciativa de criar as condições para um acordo", afirmou o enviado chinês, em conferência de imprensa.
"A China está preparada para fazer o que for necessário para promover as negociações", acrescentou.
Li, que realizou, no mês passado, um périplo pela Rússia, Ucrânia, Polónia, França, Alemanha e Bélgica, insistiu que a China mantém uma "posição objetiva" sobre a guerra na Ucrânia e apoia o fim das hostilidades.
A decisão de Pequim de designar um enviado especial para promover uma solução para a guerra sintetiza os esforços do país asiático para afirmar a sua liderança nos assuntos internacionais.
Pequim apresenta-se como uma parte neutra e pretende desempenhar um papel de mediador, mesmo que a posição de parceiro económico e diplomático próximo de Moscovo a desqualifique aos olhos dos países ocidentais.
A China nunca condenou publicamente o Presidente russo, Vladimir Putin, pela invasão da Ucrânia, lançada em 24 de fevereiro de 2022.