A tempestade tropical Agatha, a primeira da estação ciclónica, fez pelo menos uma centena de mortos e milhares de sinistrados à sua passagem na América central, no domingo, segundo os balanços oficiais.
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O país mais afectado pelas chuvas torrenciais, a Guatemala contabilizou até à noite de domingo pelo menos 73 mortos e cerca de 75 mil sinistrados, de acordo com a protecção civil.
Doze turistas austríacos e norte-americanos foram evacuados de um centro de férias, situado 220 Km a oeste da capital, a Cidade da Guatemala.
O município mais afectado foi o de San Antonio Palopo, onde as chuvas provocaram um deslizamento de terra que arrastou 25 casas, fazendo pelo menos 15 mortos, de acordo com o presidente da câmara municipal da cidade.
Os socorros indicaram que os corpos vão ser enterrados imediatamente para evitar a propagação de doenças.
Em El Salvador, o director da Protecção civil, Jorge Melendez, anunciou a morte de nove pessoas e o desaparecimento de duas outras ligadas à passagem da Agatha.
O presidente Mauricio Funes decretou o "alerta vermelho" em todo o território, qualificando a situação como "crítica".
As Honduras contabilizaram oito mortos e milhares de sem-abrigo, bem como importantes prejuízos materiais.
Primeira tempestade tropical da estação ciclónica (01 de Junho - 30 de Novembro) prevista como particularmente violenta, a Agatha transformou-se domingo em depressão.
O aeroporto internacional da capital guatemalteca estará fechado por mais cinco dias.
A Guatemala confronta-se igualmente com a erupção do vulcão Pacaya, que fez dois mortos e três desaparecidos.
Os trabalhos de limpeza das cinzas do vulcão nas pistas do aeroporto foram prejudicados pela precipitação da depressão tropical.
"A força da tempestade diminuiu consideravelmente", assegurou o presidente guatemalteco Alvaro Colom, apesar do país continuar em "situação de emergência".
A Colômbia, os Estados Unidos e o México ofereceram um apoio aéreo para transportar a ajuda ou participar nas evacuações.