O grupo Estado Islâmico executou 36 pessoas da tribo Albu Nimr, no Iraque, durante a sua companha de execuções, anunciou esta segunda-feira o chefe da tribo e um agente da polícia iraquiana.
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Os militantes "executaram 36 pessoas, incluindo quatro mulheres e três crianças", na província de Anbar, oeste de Bagdad, disse à agência noticiosa AFP, Naim al- Kuoud al-Nimrawi, chefe da tribo Albu Nimr.
O coronel da polícia, Shaaban al-Obaidi estima que o número de mortos atinja as 50 vítimas.
Obaidi e Nimrawi anunciaram que centenas de membros da tribo estavam desaparecidos.
O coronel afirmou que tinha recebido relatórios que mostravam que o EI tinha raptado mil membros e executado 50 pessoas por dia.
Nimrawi não confirmou que os membros desaparecidos estavam cativos pelo EI, afirmando que o destino destes era desconhecido no meio do caos e do deslocamento, em grande escala, de pessoas em Anbar: "Temos mais de 1.000 membros sobre os quais não sabemos nada".
O Estado Islâmico tem invadido grandes áreas de Anbar e as execuções visam desencorajar a resistência das tribos sunitas locais.
As forças pró-governamentais têm sofrido uma série de retrocessos na província e as autoridades estimam que o território, que se estende desde a fronteira da Síria, Jordão e Arábia Saudita até Bagdade, pode cair nas mãos dos 'jihadistas'.
No passado dia 29 e 30 de outubro, os militantes executaram cerca de 190 polícias e elementos de outra tribo da mesma província.
O EI assumiu em junho o controlo de grandes áreas do norte do Iraque, tendo proclamado um califado nos territórios sob seu controlo.