Membros do grupo extremista Estado Islâmico executaram a tiro um menino de 7 anos na cidade de Raqqa, na Síria, por "infidelidade" ao Califado.
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"A polícia do Estado Islâmico (EI) prendeu Muaz Hassan na cidade de Raqqa depois de o ouvir a 'maldizer a divindade' quando brincava na rua com os amigos", disse um ativista de direitos humanos à agência independente síria de notícias Ara News. "O ato foi considerado como um insulto ao Califado, apesar da idade do rapaz", acrescentou a mesma fonte, citando um membro do tribunal do EI.
A detenção ocorreu no início da semana passada. A sentença da execução teve por base a acusação de "infidelidade", contrariando o princípio legítimo de que as crianças não devem ser responsabilizadas pelos seus atos, sublinham ativistas do direitos humanos citados pela Ara News.
O menino foi executado a tiro, na tarde da passada quinta-feira, dia 5, na avenida Naeem, em frente de centenas de pessoas, incluindo os pais, que desmaiaram ao ver a execução do filho, segundo testemunhas.
Naquele mesmo dia, membros do EI executaram dois jovens na cidade de Manbij sob acusação de espionagem para a coligação internacional liderada pelos Estados Unidos que está a combater o grupo jiadista.
Nos últimos dois anos, o EI executou em público centenas de civis, ativistas e jornalistas sob diversas acusações nos territórios que controla na Síria e no Iraque. Raqqa é o principal bastião do grupo extremista na Síria. A execução de uma criança é uma violação da própria lei islâmica, segundo observadores citados pela Ara News.