A conselheira norte-americana para a Segurança Nacional, Susan Rice, condenou, este sábado, os bombardeamentos "atrozes" que visaram hospitais em bairros tomados pelos rebeldes na cidade síria de Alepo.
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"Os Estados Unidos condenam fortemente os ataques terríveis contra instalações médicas e colaboradores de agências humanitárias. Não há desculpa para estes atos atrozes", declarou Rice, citada pela agência France Press.
"O regime sírio e os seus aliados, a Rússia em particular, são responsáveis pelas consequências imediatas e no futuro por estes atos", avisou. Susan Rice.
Pelo menos, 27 civis morreram na sequência de ataques aéreos e bombardeamentos levados a cabo pelo regime sírio em bairros controlados pelas forças rebeldes em Alepo, no quinto dia de uma ofensiva por parte das forças armadas sírias, de acordo com o Observatório sírio dos Direitos Humanos (OSDH), citado pela AFP.
"Quase nenhum bairro na zona leste de Alepo foi poupado pelos bombardeamentos do atual regime", disse à AFP Rami Rahmane, diretor do OSDH.
Desde a passada terça-feira, pelo menos 92 civis foram mortos, segundo um balanço do OSDH, na sequência de bombardeamentos das forças armadas do regime de Bashar al-Assad sobre bairros controlados pelos rebeldes na segunda maior cidade síria, principal frente do conflito que se arrasta no país desde 2011.
Vários capacetes azuis - socorristas das Nações Unidas no terreno - publicaram nas respetivas páginas na rede social Facebook vídeos e fotos que testemunham a violência dos bombardeamentos.
"É um dia catastrófico para a parte sitiada de Alepo, vítima de bombardeamentos sem precedentes com todo o tipo de armas", escrevem os capacetes azuis, afirmando ter registado a explosão de "2 mil obuses de artilharia e 250 ataques aéreos".
O enviado das Nações Unida para a Síria é esperado este domingo em Damasco, onde deverá encontrar-se com o ministro sírio dos Negócios Estrangeiros, anunciou hoje o portal na internet do diário sírio al-Watan, próximo do poder.
O enviado da ONU, Staffan de Mistura, chegará este domingo a Damasco. A sua visita durará apenas um dia, durante o qual se encontrará com Walid Mouallem e com altos responsáveis do ministério", especifica o diário.