Os Estados Unidos estão disponíveis para investigar a participação da Arábia Saudita na operação da compra da rede social Twitter por Elon Musk, em particular do príncipe multimilionário saudita Al Waleed, referiu esta quarta-feira o presidente dos EUA, Joe Biden.
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"Acho que a cooperação ou as relações técnicas com outros países merecem ser analisadas, quer alguém esteja a fazer algo errado ou não. O que estou a sugerir é que merece ser analisado", destacou esta quarta-feira o chefe de Estado norte-americano em conferência de imprensa, depois de questionado sobre este tema.
O príncipe multimilionário saudita Al Waleed bin Talal tornou-se o segundo maior acionista do 'novo' Twitter, depois do magnata Elon Musk ter comprado a rede social.
Em 29 de outubro, o príncipe saudita revelou que transferiu a propriedade das 34.948.975 ações que detinha no Twitter, avaliadas em 1.890 milhões de dólares (o mesmo valor em euros), para o "novo Twitter", tornando Al Waleed o segundo maior acionista depois de Elon Musk.
"Caro amigo 'Chief Twit'", Elon Musk, juntos até ao fim", escreveu Al Waleed na sua conta no Twitter, depois de Musk anunciar a aquisição da rede social, cujo valor considerara desajustado, em abril.
"Não acho que a oferta proposta por Elon Musk chegue perto do valor intrínseco do Twitter, dadas suas perspetivas de crescimento", disse, então, o príncipe.
Musk assumiu o controlo do Twitter na passada semana, depois de comprar a rede social por 44 mil milhões de euros, tendo dissolvido de imediato o conselho de administração, além de expulsar os principais quadros e demitir cerca de metade dos 7500 funcionários, incluindo toda a equipa dedicada aos direitos humanos.