Segundo o comunicado norte-americano, a embarcação egípcia recebeu os impactos de várias disparos e de uma granada, que não causaram grandes danos.
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Contratorpedeiros norte-americanos e sul-coreanos capturaram 17 alegados piratas que atacaram e tentaram sequestrar um barco egípcio em frente das costas do Iémen, informaram quinta-feira fontes da Marinha norte-americana.
Num comunicado, a Quinta Esquadra norte-americana com base no Bahrain indicou que o contratorpedeiro sul-coreano Munmu o Grande e o norte-americano USS Gettysburg responderam a uma chamada de socorro do barco egípcio MV Amira quarta-feira depois de este denunciar a presença dos piratas.
Os contratorpedeiros, que operam sob as ordens da força combinada anti-piratería 151 dirigida pela Turquia no Golfo de Aden, rumaram ao ponto de ataque a cerca de 75 milhas náuticas a sul do porto iemenita de Mukalla.
Uma equipa de assalto do USS Gettysburg capturou 17 alegados piratas a bordo de uma embarcação que se acredita ser um barco nodriza dos corsários, e encontraram em seu poder oito espingardas de assalto, um lança-granadas e uma granada.
Segundo o comunicado norte-americano, a embarcação egípcia recebeu os impactos de várias disparos e de uma granada, que não causaram grandes danos à nave.
Os piratas já tinham lançado cabos ao barco de bandeira egípcia numa tentativa de abordagem mas o ensaio falhou e momentos depois de terem desistido do ataque foram capturados pelas forças navais norte-americanas e sul-coreanas.
Os alegados piratas foram levados para o contratorpedeiro norte-americano para serem interrogados, concluiu o comunicado militar.
O Golfo de Aden é uma das rotas marítimas mais importantes do mundo para a navegação, ligando a Europa à Ásia através do Mar Vermelho e do Oceano Índico. É utilizada por 20.000 navios por ano e tornou-se o alvo preferido dos ataques dos piratas.
Também quinta-feira, a televisão de Estado iraniana disse que o país vai enviar dois navios de guerra para se juntar à frota que protege os cargueiros dos ataques dos piratas ao largo da costa da Somália.
O embaixador do Irão nas Nações Unidas, Mohammad Khazaei, deu conta desta decisão numa carta enviada quarta-feira ao secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon.
Os navios partem nos próximos dois dias para uma missão de cinco meses e vão juntar-se a navios dos Estados Unidos, Dinamarca, Itália, Rússia e outros países.
Enquanto isto, a fragata portuguesa Corte-Real terminou quinta-feira uma missão bem sucedida de escolta de um navio das Nações Unidas que transportava bens alimentares para Berbera, no Norte da Somália, disse à Lusa o comandante Santos Fernandes.
A fragata Corte-Real participa actualmente na missão da NATO contra a pirataria na região do Golfo de Áden.
Em 2008, os piratas atacaram mais de 130 navios mercantes ao largo da Somália, o dobro dos ataques registados no ano anterior, segundo a Organização Marítima Internacional.