O Governo norte-americano divulgou uma lista com o nome de 55 detidos de Guantanamo que aguardam transferência para o seu país ou para um país terceiro, informou o Departamento de Estado dos Estados Unidos.
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A administração norte-americana levantou uma ordem que protegia a divulgação pública dos nomes dos prisioneiros por razões de segurança e diplomáticas.
A lista inclui os nomes e números de série de um terço dos 167 suspeitos de terrorismo que continuam detidos em Guantanamo, na base naval dos Estados Unidos em Cuba, onze anos depois dos ataques do 11 de setembro.
Um total de 40 presos de Guantanamo foi transferidos para terceiros países desde 2009 e outros 28 foram repatriados para os seus países de origem, de acordo com o Departamento de Estado norte-americano.
Os presos de Guantánamo foram capturados em diferentes pontos do planeta desde que os Estados Unidos iniciaram a sua guerra global contra o terrorismo, após os ataques do 11 de setembro de 2001.
As identidades dos detidos autorizados a saírem em liberdade ou em processo de transferência eram mantidas secretas desde 2009.
Organizações dos direitos humanos reagiram ao anúncio da divulgação da lista, com a 'American Civil Liberties Union' (ACLU) a declará-lo "uma vitória parcial da transparência" e ao mesmo tempo um "estímulo à ação".
"Passaram três anos desde que a nossa Defesa e as agências de serviços secretos concordaram que eles deveriam ser libertados", disse em comunicado o responsável da ACLU, Zachary Katznelson, instando à libertação dos detidos.
Já a diretora executiva da Amnistia Internacional nos Estados Unidos, Suzanne Nossel, exortou à transferência imediata dos detidos para países que respeitem os direitos humanos e sublinhou que a "detenção indefinida é uma violação dos direitos humanos" com a qual se deve acabar.