Jorram os dólares para financiar campanhas e denegrir adversários. Um único doador multimilionário já desembolsou 115 milhões a favor dos republicanos.
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Cem milhões de dólares. Foi a verba angariada pela campanha de Kamala Harris nas primeiras 24 horas da sua corrida à Casa Branca, junto de uns largos milhares de doadores democratas entusiasmados. Mais dos que as sondagens, são os dólares que medem as probabilidades de sucesso em qualquer eleição americana, como confirma a ampla divulgação que a campanha da democrata fez destes números. No entanto, feitas as contas, esses donativos são apenas a ponta de um icebergue que se mede por milhares de milhões. Um único multimilionário, Timothy Mellon, já doou 115 milhões neste ciclo eleitoral, com Donald Trump como principal beneficiário.
De acordo com o site “Open Secrets”, que se dedica a monitorizar estes fluxos financeiros, a partir dos registos obrigatórios por lei, no ciclo eleitoral de 2020 (o último a incluir uma corrida à presidência) gastaram-se mais de 16 mil milhões de dólares, o que fez destas as eleições mais caras de sempre. É o equivalente ao montante total prometido a Portugal pela União Europeia, a fundo perdido, para a executar os investimentos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), até 2026.