O secretário da Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, avisou, esta quarta-feira, que Washington vai realizar mais operações militares contra cartéis de droga, após o ataque de terça-feira a um barco que alegadamente transportava droga da Venezuela.
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"Temos ativos no ar, no mar e em navios, porque esta é uma missão mortal e séria para nós. Não nos ficaremos por este bombardeamento", disse, em declarações à estação televisiva Fox News, acrescentando que "qualquer pessoa que trafique [naquelas águas] é um narcoterrorista que enfrentará o mesmo destino".
Afirmando querer combater o tráfico internacional de droga, o responsável adiantou que os Estados Unidos enviaram sete navios de guerra para as Caraíbas e outro para o Pacífico.
As forças armadas norte-americanas dispararam na terça-feira contra um "barco que transportava droga" que acabara de sair da Venezuela e estava na região das Caraíbas, como anunciou o Presidente norte-americano, Donald Trump, pouco depois da operação.
O ataque, alegadamente contra narcoterroristas do "Tren de Aragua", provocou a morte de 11 pessoas.
O secretário da Defesa adiantou que as autoridades norte-americanas "fecharam a fronteira" e que o Presidente "está disposto a passar à ofensiva de uma forma que outros não fizeram".
Este "é um sinal claro para o "Tren de Aragua', o "Cartel del Sol" e outros oriundos da Venezuela, de que não permitiremos este tipo de atividade", sublinhou.
Hegseth desvalorizou a importância dos laços entre a China e a Venezuela, garantindo que "o único que precisa de se preocupar é [o Presidente venezuelano] Nicolás Maduro, que atua como chefe de um narcoestado".
Maduro "não foi eleito e os Estados Unidos dão uma recompensa de 50 milhões de dólares [cerca de 43 milhões de euros] por ele", argumentou.
"A China e outros países têm de dizer coisas, o que é uma prerrogativa deles. Mas o que está a acontecer nas Caraíbas é uma clara demonstração de poder militar", reiterou o secretário da Defesa dos EUA, para quem Maduro "deve ponderar se quer continuar a ser um narcotraficante".
"Ele tem decisões para tomar", avisou, afirmando que qualquer ação no sentido de uma "mudança de regime" na Venezuela está nas mãos de Trump.
Horas antes, Maduro acusou a Administração Trump de querer "petróleo venezuelano gratuito" e disse que "o imperialismo atacou (...) inventando uma história em que ninguém acredita".