O ex-primeiro-ministro paquistanês Imran Khan recebeu alta do hospital, este domingo, três dias após sofrer uma tentativa de assassinato que o deixou com ferimentos de bala nas pernas, informou um dos seus assessores.
Corpo do artigo
O ex-ministro da Informação, Fawad Chaudhry, declarou à AFP que Khan já deixou o hospital. A televisão local exibiu imagens do político numa cadeira de rodas na saída da clínica de Lahore, vestido com uma camisola azul do hospital.
Imran Khan, de 70 anos, falava aos seus apoiantes, na quinta-feira, em Wazirabad, 170 quilómetros ao leste da capital, quando um indivíduo disparou em sua direção. Um homem foi preso após o ataque. Segundo autoridades do governo, o autor agiu sozinho e é um "caso muito claro de extremismo religioso".
Por outro lado, Khan assegurou, na sexta-feira, que o atual chefe de governo planeou o ataque juntamente com o ministro do Interior, Rana Sanulah, e um alto funcionário das Forças Armadas. "Aqueles três homens decidiram matar-me", declarou Khan, do hospital de Lahore. O ex-líder também indicou o envolvimento de dois atiradores no ataque.
O governo e os militares negaram qualquer envolvimento, qualificaram essas acusações como "mentiras" e ameaçaram processar Khan por difamação.
Os disparos aumentaram a tensão política no país, em níveis altos desde a saída de Khan do poder devido uma moção de censura em abril.