O exército sírio lançou hoje uma ofensiva para retomar o lado leste da cidade de Alepo, que está nas mãos das forças rebeldes, alertando os moradores para se manterem afastados das posições dos combatentes anti-regime.
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"O comando de operações militares anuncia o início de manobras nos distritos no leste da cidade e apela aos moradores para se manterem afastados das posições dos grupos terroristas", indicou o exército sírio num comunicado distribuído pela agência de notícias estatal SANA.
O anúncio surgiu poucos minutos depois de os Estados Unidos (EUA) e a Rússia terem acordado uma nova ronda negocial em Nova Iorque para tentar salvar o seu plano de cessar-fogo e após longas horas de um bombardeamento intensivo que deixou Alepo em chamas.
O exército também disse que ia tomar "todas as medidas para facilitar a receção" de civis e que os que chegarem aos seus postos de controlo não serão presos.
Por seu turno, o Observatório Sírio para os Direitos Humanos relatou que esteve em curso "uma ofensiva terrestre de larga escala apoiada por ataques aéreos das forças russas, visando a recuperação do setor oriental de Alepo e esvaziando a cidade dos seus residentes".
Os alvos iniciais foram as zonas de Amiriyah, Sukari e Sheikh Said, segundo Rami Abdel Rahman, que lidera o observatório.
Horas antes, o observatório tinha revelado que os bombardeamentos e raides aéreos que começaram ainda durante a noite de quarta-feira contra os bairros de Bustan al-Qasr e Al-Kalasseh deram origem a "fogos massivos".
Os cerca de 250 mil residentes da zona leste de Alepo, que está ocupada pelos rebeldes desde 2012, têm vivido sob cerco das forças governamentais desde o início de setembro.