Um morto e seis feridos é o atual balanço da intervenção do exército turco nas manifestações na região sudeste da Turquia. O exército disparou tiros para o ar para tentar dispersar a multidão.
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Eram cerca de 300 os manifestantes que se encontravam na região sudeste da Turquia em protestos contra a ampliação de um campo militar.
A polícia tentou dispersar os manifestantes com vários tiros depois destes terem ateado fogo a várias tendas e de terem lançado pedras e "cocktails molotov" contra a polícia. Uma pessoa foi morta, segundo confirmações da agência noticiosa Firat News, mas as circunstâncias da sua morte estão ainda por determinar.
"Neste momento, os soldados lançaram tiros de de avisos e os conflitos rebentaram. Houve relatos, em seguida, que dão conta que uma pessoa foi morta e seis ficaram feridas, duas delas com gravidade. Estas declarações ainda estão a ser investigadas", conta Cahit Kirac, governador de Diyarbakir.
As intervenções ocorreram na cidade de Lice, na província de Diyarbakir. A região sudeste da Turquia, de maioria curda, tem estado afastada da onda de contestação contra o governo islâmico conservador turco que tem afetado, principalmente, várias cidades do país, nomeadamente Istambul, Ancara e Izmir.
Os protestos começaram no final de maio, depois de a polícia ter dispersado com lás lacrimogéneo e canhões de água uma manifestação pacífica contra um plano de construção de um centro comercial num dos parques de Istambul, conhecido como o parque Gezi.
Segundo o último balanço da associação de médicos turcos, as manifestações turcas já fizeram um total de quatro mortos e cerca de oito mil pessoas ficaram feridas.