Fábrica clandestina de tabaco funcionava em bunker a quatro metros de profundidade
A Guardia Civil espanhola desmantelou, em Málaga, uma fábrica clandestina de tabaco, que funcionava num bunker, enterrado a quatro metros de profundidade. Trabalhadores eram levados para a unidade de olhos vendados e não podiam sair. Fábrica faturava 625 mil euros por semana.
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O grupo também se dedicava ao tráfico de droga e durante a operação, que foi apoiada pela Europol, pelos Serviços Aduaneiros da Lituânia, Polícia polaca e autoridades policiais do Reino Unido, foram detidas 20 pessoas e apreendidos mais três milhões de cigarros falsificados, 20 quilos de haxixe, 144 de canábis, armas e oito dispositivo de rastreamento de GPS.
De acordo com a Europol, na fábrica, que estaria em funcionamento desde o ano passado, e foi implantada sob uma coudelaria, os trabalhadores eram forçados a trabalhar em condições extremamente perigosas e tóxicas. Quando a Guardia Civil entrou nas instalações encontrou seis trabalhadores, de nacionalidade ucraniana, com graves dificuldades em respirar pois havia sido cortado o fornecimento de energia elétrica.
"Os trabalhadores eram fechados a quatro metros de profundidade, não tinham permissão para deixar sozinhos as instalações e não havia medidas de segurança. Os criminosos vendavam os trabalhadores quando os levam de e para a fábrica. Embora pagos pelo seu trabalho, não tinham permissão para sair ou contactar outras pessoas e as instalações eram seladas. Estima-se que os lucros das atividades ilegais atingissem cerca de 625 mil euros por semana em lucros criminais", refere a Europol.
As buscas, policiais decorreram em 13 locais e as autoridades salientam que "os cigarros foram fabricados em condições insalubres e com componentes de baixa qualidade".
A organização era liderada por cidadãos britânicos, um dos quais, de 30 anos, tido como o líder do grupo, se encontrava evadido da prisão.