As forças de segurança sírias e as milícias pró-regime executaram mais de uma centena de civis e combatentes rebeldes em ataques desde o final de 2011, denunciou, esta segunda-feira, a Human Rights Watch.
Corpo do artigo
Muitas das execuções sumárias e extrajudiciais foram conduzidas no mês passado e pelo menos 85 mortos eram residentes que nunca participaram nos conflitos, incluindo mulheres e crianças, indicou a organização de defesa dos Direitos Humanos.
A Human Rights Watch (HRW), que tem sede em Nova Iorque e faz as alegações num relatório de 25 páginas assente nos relatos de testemunhas, exortou o Conselho de Segurança das Nações Unidas a agir para garantir que esses crimes são documentados.
"Numa desesperada tentativa de 'esmagar' a revolta, as forças sírias executaram pessoas a sangue-frio, civis e combatentes da oposição da mesma forma", aponta Ole Solvang, especialista da organização internacional para a defesa dos direitos humanos num comunicado.
O relatório indica ainda que muitas das execuções ocorreram nas províncias de Homs e Idlib, entre as quais as de "pelo menos 47 pessoas, maioritariamente mulheres e crianças", na cidade de Homs nos dias 11 e 12 de março.
O documento da HRW refere que, nestes casos, as forças de segurança sírias agiram sozinhas ou em parceria com as "Shabiha" (milícias do regime) e executaram as pessoas que tentavam fugir a tiro, além de terem esfaqueado cidadãos nas suas casas enquanto conduziam buscas domiciliárias.