Um produtor de vinho francês que produziu e vendeu milhares de garrafas de champanhe falso num esquema elaborado que envolvia carbonatação de vinho espanhol foi preso na terça-feira. Didier Chopin, de 56 anos, também foi proibido de liderar uma empresa novamente e de trabalhar na indústria do champanhe durante pelo menos cinco anos.
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Chopin vendeu centenas de milhares de garrafas de champanhe falso que fez com vinhos de Espanha e do sul de França, aos quais adicionou aromas e gás para os tornar espumantes.
Um tribunal em Reims, a maior cidade da região de Champagne, condenou-o a 18 meses de prisão, com mais 30 meses suspensos.
A mulher foi condenada a dois anos de prisão suspensa pelas mesmas acusações de fraude e roubo de uma marca protegida.
A fraude foi estimada em vários milhões de euros e o homem foi condenado a pagar indemnizações às partes lesadas, incluindo a associação de produtores e comerciantes de champanhe e vários compradores.
Chopin e a mulher foram multados em 100 mil euros cada e a sua holding, SAS Chopin, foi multada em 300 mil euros por acusações de peculato e uso indevido de ativos da empresa. "Cometi um erro, estou arruinado e não tenho mais nada a acrescentar", disse Chopin aos jornalistas durante o julgamento.
O produtor de vinhos da região norte de Aisne também enfrenta um caso separado depois de cinco ex-funcionários o terem acusado de agressão sexual.
O advogado, Francis Fossier, pediu uma pena suspensa, dizendo que o cliente já tinha passado "sete meses" na prisão em Marrocos "em condições horríveis". Depois de a fraude do champanhe ter sido revelada por ex-funcionários em 2023, Chopin fugiu para Marrocos e abriu um novo negócio de cultivo de vegetais. Foi detido por cheques sem provisão.
A parte do julgamento relacionada com as violações alfandegárias - a exportação do champanhe falso para fora de França - foi adiada para 3 de fevereiro.