"Fui eu que os matei". Três irmãos idosos assassinados na própria casa em Espanha
O principal suspeito de um triplo homicídio em Espanha entregou-se esta segunda-feira, assumindo a autoria do crime. O homem já tinha estado preso por agredir uma das irmãs, a quem tinha emprestado dinheiro. No entanto, acabou libertado por não ter antecedentes criminais.
Corpo do artigo
Três irmãos septuagenários, duas mulheres e um homem, foram assassinados na casa onde viviam, em Morata de Tajuña, Espanha. O principal suspeito do crime, um homem de 43 anos que estava a ser procurado pelas autoridades, entregou-se esta segunda-feira na esquadra de Arganda del Rey. "Fui eu que matei os três irmãos", confessou à Guarda Civil.
De acordo com o jornal "El Mundo", o arguido terá emprestado 60 mil euros às duas irmãs e, no ano passado, foi reclamar o pagamento da dívida, chegando mesmo a agredir uma delas com um martelo. A 24 de fevereiro de 2023 foi preso e condenado a dois anos de prisão pelo crime de agressão. Contudo, em janeiro deste ano, acabou por ser libertado por não ter antecedentes criminais.
As duas irmãs pediram ao homem a referida quantia para enviarem dinheiro a um soldado americano que conheceram online e com quem mantinham uma relação amorosa à distância. O homem pedia-lhes uma quantia mensal com a promessa de lhes deixar uma herança de sete milhões de euros.
Apesar de todos os avisos de familiares e amigos de que o suposto soldado poderia ser um golpista, as idosas estavam obcecadas, segundo relatam os vizinhos.
Sem notícias dos três irmãos há várias semanas, decidiram alertar as autoridades, que encontraram os corpos de Amelia, Ángeles e Pepe, entre 72 e 79 anos, parcialmente queimados e com vestígios de sangue, à entrada de casa. A porta da habitação não foi arrombada e as persianas estavam todas fechadas.