O funeral do Papa Francisco decorreu este sábado, seis dias após a sua morte, numa cerimónia que acompanhada por 400 mi pessoas, incluindo dezenas de chefes de Estado e líderes de organizações, o que implicou medidas de segurança extraordinárias.
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Num encontro com o presidente norte-americano, Donald Trump, à margem do funeral do Papa Francisco, este sábado, o líder de Kiev, Volodymyr Zelensky, pediu um “cessar-fogo total e incondicional”.
A reunião de mais de uma centena de delegações estrangeiras no pequeno perímetro da cidade-estado que é sede da Igreja Católica serviu não apenas para unir líderes nas homenagens ao falecido Papa Francisco, mas para que estes promovessem encontros diplomáticos nos corredores da Basílica de São Pedro. O diálogo mais aguardado era entre o presidente norte-americano, Donald Trump, e o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, que não se encontravam desde a altercação na Sala Oval, em fevereiro.
Foi uma manhã de sentimentos fortes na Praça de São Pedro, com muitos portugueses por entre a multidão que chegou de todo o Mundo, para homenagear o Papa Francisco.
Manuela Reis sai da praça com o grupo que veio da Paróquia de São Pedro de Ovar. Com a bandeira portuguesa pelas costas, o rosto não esconde que há um turbilhão de momentos a passar-lhe pela cabeça, depois de assistir ao funeral do Papa Francisco. Com a viagem marcada para estes dias há muito, "era impensável não estar aqui" para este momento que ninguém podia prever na altura. Já se tinha cruzado com o pontífice na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em Lisboa, e queria muito revê-lo, mas já não chegou a tempo.
O túmulo do Papa Francisco foi feito em mármore de origem da Ligúria, região no noroeste de Itália de onde eram originários os avós de Francisco, e apresenta a inscrição "Franciscus", o nome do Papa em latim, e a reprodução da sua cruz peitoral.
Está localizado numa das naves laterais da Basílica de Santa Maria Maior, entre a Capela Paulina (onde se encontra o ícone bizantino do século VI Salus Populi Romani, que retrata Maria com Jesus ao colo) e a Capela Sforza, junto ao altar de São Francisco.
Segundo o diretor do serviço de imprensa do Vaticano, Matteo Bruni, o túmulo pode ser visitado já a partir da manhã deste domingo, sendo expectável uma grande afluência ao local.
Encerramos aqui o acompanhamento ao minuto das informações mais relevantes sobre a morte do Papa, a 21 de abril.
Toda a informação sobre os passos seguintes até ao conclave e eleição do sucessor de Francisco em jn.pt.
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Centenas de milhares de pessoas estiveram hoje no Vaticano, para prestarem homenagem ao Papa que quis ser de “todos, todos, todos”. Chefes de Estado de todo o Mundo, incluindo o de Portugal, marcaram presença nas cerimónias fúnebres.
Pelo menos 400 mil pessoas assistiram hoje ao funeral do Papa Francisco, incluindo fiéis reunidos na Praça de São Pedro e ao longo da procissão pelas ruas de Roma, disse hoje o Ministro do Interior de Itália.
Segundo Matteo Piantedosi, entre as presentes na Praça de São Pedro e as que estiveram ao longo do caminho até à Basílica de Santa Maria Maior ascenderam a pelo menos 400 mil.
Este número revê em alta os anteriormente dados pelas autoridades.
As exéquias do Papa Francisco começaram pelas 9 horas de Lisboa (10 horas em Roma).
Após a cerimónia na praça de São Pedro, o caixão de Francisco foi trasladado para a basílica romana de Santa Maria Maior, onde o Papa declarou, no seu testamento, que queria ser sepultado.
O Papa Francisco foi “um Papa do povo, com o coração aberto”, que se empenhou numa Igreja Católica mais compassiva, disse o Cardeal Giovanni Battista Re, na homilia.
“Estabeleceu um contacto direto com as pessoas e com os povos, desejoso de estar próximo de todos, com uma atenção especial aos que se encontravam em dificuldade, entregando-se sem medida, sobretudo aos marginalizados, aos últimos de entre nós. Foi um Papa do povo, com um coração aberto a todos”, disse.
Os esforços do Papa Francisco para ajudar os refugiados, os migrantes e os pobres foram “incontáveis”, afirmou ainda o cardeal. “Os seus gestos e exortações a favor dos refugiados e das pessoas deslocadas são incontáveis”, disse Battista Re perante milhares de convidados, incluindo o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com quem Francisco entrou em conflito sobre o tratamento dos migrantes.
Francisco, que se recusou a julgar católicos gays ou divorciados, acreditava que a Igreja "é uma casa para todos", acrescentou o cardeal italiano, recebendo grandes aplausos, um sinal de que os crentes querem que a Igreja continue o trabalho do pontífice argentino.
A sua motivação era “a convicção de que a Igreja é uma casa para todos, uma casa com as portas sempre abertas... uma Igreja capaz de se inclinar para todas as pessoas, independentemente das suas crenças ou condições, e curar as suas feridas”, afirmou.
Entre os silêncios, as lágrimas e as palmas, construiu-se a emoção da despedida ao Papa Francisco. Numa manhã que começou cedo, quando uma pequena neblina cobria ainda a cúpula da Basílica de São Pedro, a praça com o mesmo nome começou a encher com católicos que queriam estar nas primeiras linhas da cerimónia. Primeiro só se ouvia o ruído habitual de qualquer multidão, mais tarde temperado pelo som de música sacra.
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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou hoje o próximo conclave vai escolher entre “um Papa de transição” ou um líder da Igreja Católica “tão inovador e tão de rutura” como foi Francisco.
“[Ou] é um Papa de transição, que aconteceu com João Paulo II e depois Bento XVI, ou é um Papa tão inovador e tão de rutura como Francisco. Normalmente não há dois seguintes a ser, mas pode ser que sim”, afirmou o chefe de Estado.
Marcelo Rebelo de Sousa falava à Lusa e à RTP em Roma, depois de marcar presença no funeral do Papa Francisco, que decorreu na Praça de São Pedro, no Vaticano.
De acordo com o programa, Donald Trump já estará a caminho do aeroporto para regressar aos EUA.
O caixão com o corpo do Papa Francisco chegou à Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, onde ficará sepultado, tendo sido acolhido nas escadarias do templo por um grupo de pessoas necessitadas.
Segundo informação da sala de imprensa do Vaticano, o grupo era constituído por cerca de 40 pessoas pobres e necessitadas, migrantes, presos e transgénero.
O secretário da Comissão para as Migrações da CEI (Conferência Episcopal Italiana), em declarações anteriores citadas pela agência Ecclesia, referiu que cada pessoa levaria uma rosa branca e destacou que o grupo integrava reclusos da Prisão de Rebibbia, onde o Papa Francisco abriu uma Porta Santa do Ano Santo 2025.
“Os pobres têm um lugar privilegiado no coração de Deus, bem como no coração e no ensinamento do Santo Padre, que escolheu o nome Francisco para nunca os esquecer”, segundo uma nota do Vaticano justificando a ação de hoje.
As equipas dos presidentes dos Estados Unidos e da Ucrânia estão a tentar organizar para hoje um novo encontro entre os dois líderes, à margem do funeral do Papa Francisco, revelou o porta-voz de Zelensky, Sergey Nikiforov.
Segundo o porta-voz presidencial ucraniano, Trump e Zelensky tiveram já hoje um primeiro encontro de 15 minutos dentro da Basílica de São Pedro, antes do início do funeral do Papa Francisco, tendo decidido continuar durante o dia de hoje as conversações.
As fotografias da reunião foram divulgadas pelo gabinete de Zelensky e mostram os dois presidentes sentados frente a frente.
Kiev já saudou a primeira troca "construtiva" entre Zelensky e Trump.
Milhares de pessoas, católicos, crentes de outras religiões e não crentes, juntaram-se nas bermas das ruas de Roma para aplaudir, fotografar e filmar o cortejo fúnebre final do Papa Francisco, um “homem de todos”.
O caixão foi transportado num papamóvel especialmente adaptado para esta cerimónia, o mesmo veículo utilizado por Francisco durante uma das suas viagens apostólicas, que encabeçou o cortejo fúnebre pelas ruas de Roma à basílica.
O percurso entre o Vaticano e a Basílica de Santa Maria Maior demorou cerca de maia hora a cumprir e levou o corpo de Francisco a passar por locais como a Praça Veneza, os Fóruns Imperiais e o Coliseu.
O caixão do Papa Francisco já chegou à Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, para ser enterrado, após o funeral no Vaticano.
Dezenas de milhares de pessoas percorreram o trajeto do carro que transportava o caixão do argentino.
O percurso pela cidade de Roma teve uma distância de cerca de seis quilómetros e passou por locais como a Praça Veneza, os Fóruns Imperiais e o Coliseu.
Em Santa Maria Maior, o túmulo, feito em mármore de origem da Ligúria, região no noroeste de Itália, apresentará a inscrição "FRANCISCUS", o nome do Papa em latim, e a reprodução da sua cruz peitoral.
Fica localizado numa das naves laterais da Basílica, entre a Capela Paulina (onde se encontra o ícone bizantino do século VI Salus Populi Romani, que retrata Maria com Jesus ao colo) e a Capela Sforza, junto ao altar de São Francisco.
Enquanto algumas pessoas abandonaram a praça no final da cerimónia, várias outras ficaram para assistir ao cortejo fúnebre pelos ecrãs gigantes.
Os presidentes dos EUA, França, Itália, Brasil, Argentina e Portugal, assim como os reis de Espanha, são alguns dos chefes de Estado presentes na praça de São Pedro a assistir ao funeral do Papa Francisco.
Mesmo com o funeral a decorrer, uma loja na Praça de São Pedro continua o negócio de venda de recordações. Há pouco, um dos funcionários colou um cartaz: "Um euro para usar a casa de banho".
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e o seu homólogo norte-americano, Donald Trump, reuniram-se este sábado em Roma, à margem do funeral do Papa Francisco, anunciou a Presidência ucraniana, depois de a Casa Branca ter afirmado que Kiev e Moscovo estavam “muito perto de um acordo”.
“A reunião teve lugar e já terminou”, disse o porta-voz de Zelensky, Sergiy Nykyforov, aos jornalistas, sem entrar em pormenores.
Quando chegou à Praça de São Pedro, Zelensky recebeu aplausos da multidão.
O altar começa a compor-se de gente para a cerimónia. Do lado esquerdo, quem está de frente para a basílica, ficam os bispos e cardeais. Do lado direito, os altos dignatários presentes no funeral, onde se inclui Donald Trump e Volodymyr Zelensky.
Zelensky já está em Roma, depois das dúvidas sobre a presença no funeral de Francisco. A AFP avança que poderá haver uma reunião com Trump.
O cónego português António Saldanha, da Basílica romana de Santa Maria Maior, será um dos poucos a acompanhar o sepultamento privado do Papa este sábado, cujo caixão guarda uma nota biográfica oficial que refere o seu combate aos abusos sexuais.
Ouviram-se palmas quando o caixão com Francisco foi içado e levado para o altar, em frente aos fiéis na Praça.
Há quem jogue cartas para ajudar a passar o tempo, no chão da praça, numa zona mais retirada da multidão.
Depois do terço, um silêncio arrepiante, apenas cortado pelo bater dos sinos da basílica. Na tribuna, ao longe, veem-se os cumprimentos e abraços dos altos dignatários. Em baixo, milhares de fiéis ao sol aguardam pelo início da cerimónia.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prestou homenagem ao Papa Francisco junto ao caixão, depois de ter chegado ao Vaticano este sábado para o funeral do pontífice, segundo a AFP.
Imagens oficiais do Vaticano mostraram Trump e a sua mulher Melania a passarem pelo caixão fechado na Basílica de São Pedro, depois da sua comitiva ter chegado ao Vaticano.
Distinguem-se por terem um lenço vermelho semelhante e fazem questão que todos saibam de onde são, pela tarja que carregam consigo: Paróquia de San Lorenzo Mártir, na região de Salta, Argentina. O acaso fez com que estivessem na capital italiana esta semana e querem prestar homenagem ao conterrâneo neste momento.
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Grupo de Quarteira entrou com facilidade na praça, já perto da 9 horas locais (8 horas em Portugal continental). Veio para o Jubileu dos Adolescentes e aproveitou para assistir ao funeral. Eulálio Patrício, um dos membros do grupo, fala num "Papa universal" e deseja que a igreja continue o caminho trilhado por Francisco.
Numa praça que já está praticamente cheia, vislumbram-se pessoas de várias nacionalidades. Há bandeiras da Nova Zelândia, Brasil, Ucrânia e, como é natural, italianas. Em contemplação, sem querer falar com jornalistas, uma freira russa com uma imagem de Maria nas mãos.
Um grupo ucraniano faz-se notar na Praca de São Pedro. Foram apanhados de surpresa pela morte de Francisco, nesta viagem a Roma marcada há dois meses. Natália, a única do grupo que fala um pouco de inglês, explica que Francisco "gostava muito da Ucrânia". Sobre o próximo Papa, um desejo: que consiga levar a paz ao seu país em guerra.
Tinham previsto estar cá para a beatificação de Carlo Acutis, o primeiro santo da geração millennial, que seria amanhã, mas foi suspensa. Antes de a cerimónia começar, entoam cânticos religiosos na Praça de São Pedro, num dia de sol e céu limpo em Roma.
A entrada na Praça de São Pedro fez-se em ritmo acelerado na manhã deste sábado. Os fiéis começaram a entrar às 6 horas em ritmo acelerado. Quem conseguiu entrar cedo, principalmente grupos de jovens, descansam encostados às grades. Sente-se um certo frenesim. Houve até quem dormisse à entrada para conseguir o melhor lugar possível para assistir à cerimónia presidida pelo decano do Colégio Cardinalício, o italiano Giovanni Battista Re.