Ginecologista julgado por violação e agressão sexual de mais de 100 pacientes em França
Um ginecologista reformado de origem vietnamita vai ser julgado em França, acusado de violar ou agredir sexualmente mais de uma centena de pacientes, disse, esta terça-feira, uma fonte próxima do caso.
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Phuoc-Vinh Tran, de 74 anos, negou consistentemente as acusações contra ele durante uma investigação que durou mais de uma década.
A primeira queixa contra o médico, que trabalhava na cidade de Domont, situada a cerca de 40 quilómetros a norte de Paris, foi registada em 2013. Ao longo dos anos, 133 mulheres vieram a público, denunciando os alegados crimes do médico "em termos semelhantes", de acordo com uma acusação vista pela AFP.
Uma juíza de instrução disse que a cobertura mediática do caso encorajou outros doentes a manifestarem-se. As mulheres tinham entre 18 e 52 anos à data dos acontecimentos.
O juiz enfatizou a "natureza serial" dos alegados atos, dizendo que a "natureza sexual do toque vaginal" estava em desacordo "com um ato estritamente médico". Durante as consultas, Tran tocava nas coxas, no abdómen inferior ou no clitóris das suas pacientes ou perguntava sobre o seu "prazer sexual", segundo o juiz. Deitadas na mesa de exame, as mulheres normalmente não diziam nada.
Aos investigadores, Tran disse que "praticou ginecologia com delicadeza" ou de acordo com "um método asiático".
O ginecologista reformado vai ser julgado por alegadamente ter agredido 112 pacientes, depois de vários casos já terem prescrito. Tran alegou que o caso é uma "conspiração" contra ele após a cobertura mediática do caso.
Num caso separado, o cirurgião reformado Joel Le Scouarnec, de 74 anos, está agora a ser julgado no oeste de França por alegadamente ter agredido ou violado 299 pacientes, a maioria dos quais menores de idade.