O Governo da República Democrática do Congo pediu, este domingo, ao Alto Comissariado para os Refugiados das Nações Unidas para ajudar a retirar a família do Presidente da República Centro-Africana do seu país, informou um funcionário da ONU.
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"O Governo da RDCongo pediu ao ACNUR para transportar 25 familiares de (François) Bozizé de Zongo (na República Centro-Africana) para Gemena (na RDCongo)", disse o funcionário da ONU à agência Reuters, através de uma mensagem de texto.
O presidente François Bozizé fugiu para a República Democrática do Congo, atravessando o rio Ubanguim, no momento em que os rebeldes atacavam o palácio presidencial depois de controlarem a capital.
"Os rebeldes controlam a cidade", afirmou à agência Reuters o porta-voz do presidente François Bozize, Gaston Mackouzangba.
Outra fonte do gabinete disse que o presidente já saiu do país, em direção à RD Congo.
Duas fontes militares, uma do exército do país e outra da Força Multinacional Centro-Africana (FOMAC), também confirmaram à agência AFP que os rebeldes já tomaram a capital.
Os rebeldes do Seleka na República Centro Africana alertaram que hoje será um "dia decisivo" para tomar Bangui e derrubar o Presidente, François Bozizé.
Na sexta-feira à noite, o Conselho de Segurança da Organização da ONU manifestou na sexta-feira a sua "viva inquietação" perante o avanço dos rebeldes do Seleka na República Centro-Africana e considerou que os acusados de execuções e violações "deviam ser responsabilizados".
Através de um comunicado, publicado depois de uma reunião de emergência convocada pela França, o Conselho "exprimiu uma viva inquietação no seguimento de informações que dão estado do avanço de grupos armados perto da cidade de Bangui e das suas consequências humanitárias".
A coligação rebelde retomou as hostilidades esta semana depois de ter expirado um ultimato apresentado ao regime, onde exigia o respeito dos acordos de Librebille, a libertação dos prisioneiros e a partida de tropas estrangeiras.
O Seleka reclama também a integração dos seus combatentes no exército, algo que não consta dos acordos de paz.