O Governo iraquiano assegurou esta quinta-feira que o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) já não constitui uma ameaça e começou a negociar com os Estados Unidos o fim da coligação internacional de combate ao terrorismo.
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O primeiro-ministro do Iraque, Mohamed Shia al Sudani, disse que o EI está praticamente irradicado no seu país, não constituindo uma ameaça para as forças de segurança, pelo que propôs aos EUA o início de uma nova fase de transição para colocar fim à missão da coligação internacional que tinha por propósito combater aquele movimento terrorista.
"A organização terrorista já não representa uma ameaça para o Estado iraquiano. As nossas forças armadas são capazes de assumir plenamente as tarefas de manter a segurança e a estabilidade e de repelir ameaças", disse Al Sudani.
Hoje também, o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, anunciou que os Estados Unidos e o Governo iraquiano vão iniciar reuniões do grupo de trabalho da Comissão Militar Superior EUA-Iraque já nos próximos dias.
O objetivo é efetivar o processo com o qual os dois países se comprometeram em agosto do ano passado, no "profundo compromisso dos EUA com a estabilidade regional e a soberania iraquiana", de acordo com um comunicado assinado por Austin.
O secretário de Defesa garante que este processo "permitirá a transição para uma parceria de segurança bilateral duradoura" entre os dois países, "com base nos sucessos da campanha de derrota do Estado Islâmico no Iraque e na Síria".
Em agosto do ano passado, os governos iraquiano e norte-americano comprometeram-se a discutir a forma como após a derrota do EI se poderia agora passar para uma nova fase, assegurando que este movimento terrorista fica impedido de agir na região.
Llyod Austin lembra que os EUA continuam a ter efetivos militares no Iraque, a convite do Governo de Bagdade, como parte da missão 'Inherent Resolve', com o propósito de "aconselhar, ajudar e capacitar as forças de segurança iraquiana na sua luta contínua contra o EI".
A parceria entre os dois países dura há 11 anos, desde que o Governo iraquiano convidou os EUA a associarem-se ao combate contra o EI, para promover a estabilidade no Iraque e na região.