O secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, João Tiago Silveira, rejeitou hoje comentar o nome de Durão Barroso para a direcção do Fundo Monetário Internacional, alegando tratar-se de especulações.
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"O governo não faz comentários sobre especulações. Havendo uma proposta concreta o governo tomará uma posição", disse o secretário de Estado, na conferência de imprensa do Conselho de Ministros, realizada esta quinta-feira.
"Esse rumor não tem fundamento", assegurou a porta-voz da Comissão Europeia, Leonor Ribeiro da Silva, questionada pela Agência Lusa sobre a notícia daquela cadeia de televisão norte-americana.
O nome de Durão Barroso não consta das listas que os média internacionais estão lançar com possíveis candidatos ao lugar de Strauss-Khan, no entanto a CNN disse que tinha de ser ouvido no processo de substituição do director do FMI.
O porta-voz de Durão Barroso, Pia Ahrenkilde Hansen, disse que "é apenas natural que os Estados-membros da UE, como maiores contribuintes para o Fundo cheguem a acordo sobre um candidato forte e competente que pode congregar o apoio dos membros do FMI para o futuro liderança desta instituição extremamente importante".
Com a demissão de Strauss-Khan, o FMI procura um novo líder. Políticos como o ex-primeiro-ministro britânico Gordon Brown e a actual ministra francesa das Finanças, Christine Lagarde, estão entre os mencionados, com a revista Time a apontar o turco Kemal Dervis como o principal favorito.
A porta-voz defendeu que os europeus "podem ter candidatos fortes" e que o processo de consultas para escolher o sucessor de Strauss-Kahn já se iniciou.