O protesto que reúne sete sindicatos contra as reformas na lei do trabalho levou milhares às ruas, em França. Há relatos de confrontos em cidades como Paris, Nantes e Lyon.
Corpo do artigo
A jornada de protestos realizada esta terça-feira em França contra a reforma da lei laboral, aprovada na semana passada por decreto, degenerou em confrontos entre grupos mais radicais e as forças de segurança em algumas cidades.
De acordo com várias pesquisas de opinião, mais de metade dos franceses apoiam os protestos.
A luta na rua está ser acompanhada ao minuto por vários jornalistas que dão conta das reivindicações dos manifestantes.
Os camionistas cortaram as estradas e deixaram centenas de pneus a arder. Há relatos de confrontos com a polícia em cidades como Paris, Nantes, Lyon, Bordeaux e também Toulouse.
Na capital francesa, terão sido entre 11 mil (segundo as autoridades) e 55 mil (segundo os sindicatos) os manifestantes. O balanço oficial indica 12 detenções - nove por lançamento de projéteis e três por posse de arma proibida.
732585927135088640
O presidente francês, François Hollande, continua irredutível e afirmou que a reforma, que vai tornar, por exemplo, mais fácil aos patrões despedir ou contratar funcionários vai ser viabilizada e que a polícia vai reagir, caso aconteçam quaisquer atos de violência. "Não vou ceder", afirmou.
Em várias cidades do país, milhares de pessoas saíram à rua em protesto. No último mês mais de mil manifestantes foram detidos pela polícia na sequência dos confrontos.
732550821985017858
O protesto mobiliza diferentes setores de atividade. Os funcionários dos transportes convocaram greves nos aeroportos, portos e nos comboios.
A reforma da lei do trabalho é considerada pelos sindicatos de trabalhadores e de estudantes que convocaram as jornadas de luta como "muito liberal ao favorecer as empresas e desproteger os trabalhadores".