Governo português garantiu que "não há qualquer problema" com os dez portugueses registados no consulado honorário na Guiné-Conacri.
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Uma manifestação de protesto, na segunda-feira, contra o dirigente da junta militar na Guiné-Conacri resultou em, pelo menos, 157 mortos.
"Há dez portugueses registados na Guiné-Conacri e não há qualquer problema com eles", disse à Agência Lusa fonte do gabinete do secretário de Estado das Comunidades, António Braga.
Também em declarações à Lusa, o cônsul honorário de Portugal na Guiné-Conacri, Fernando Silva Santos, disse terça-feira que há cerca de 30 portugueses a residir no país, com luso-guineenses de Bissau incluídos.
"Muitos portugueses não estão inscritos no consulado e não se sabe quantos portugueses existem exactamente", afirmou.
A fonte do Governo disse ainda que os portugueses que pretendem viajar para a Guiné-Conacri devem obter informações actualizadas sobre a situação no país junto do gabinete do secretário de Estado das Comunidades.
"Não há nenhuma advertência (relativa a viagens), mas aconselhamos as pessoas a contactarem com o gabinete do secretário de Estado das Comunidades para se inteirarem da situação no momento", disse.
De acordo com organizações não governamentais, pelo menos 157 pessoas, que participavam numa manifestação de protesto contra o dirigente da junta militar que tomou o poder em Dezembro, capitão Mussa Dadis Camará, no maior estádio de Conacri, na segunda-feira, foram alegadamente mortas pelas forças da ordem.
Na terça-feira, três jovens foram mortos por soldados da Guiné-Conacri.