O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, condenou, este domingo, "com firmeza" a "tentativa de assassínio" do primeiro-ministro iraquiano, Mustafa al-Kadhami, alvo de um drone armadilhado na sua residência, em Bagdade.
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Guterres exortou os iraquianos a mostrarem moderação e não cederem à violência ou a tentativas de desestabilizar o Estado, segundo um comunicado.
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Também o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, indicou em comunicado que condena "veementemente" o ataque contra Mustafa al-Kadhami , que saiu ileso do ocorrido. Numa conversa telefónica com o seu homólogo iraquiano, Johnson afirmou ainda que o Reino Unido apoia "os seus esforços para formar um governo após as eleições", considerando que se trata de um passo "vital para a estabilidade a longo prazo do Iraque", segundo o comunicado do porta-voz de Downing Street.
Duas fontes ligadas à segurança indicaram que foram lançados durante a madrugada três drones a partir de um setor situado a pouco mais de um quilómetro da residência do primeiro-ministro iraquiano. "Dois drones foram abatidos" pelos guardas de Kadhami, mas o terceiro conseguiu fazer explodir a sua carga, de acordo com as fontes. Uma outra fonte disse à AFP que dois seguranças do primeiro-ministro ficaram feridos.
No poder desde maio de 2020, Mustafa al-Kadhami divulgou na rede social Twitter uma mensagem a apelar "à calma e à moderação de todos a bem do Iraque". Este ataque surge num momento de tensão no Iraque, após violentos confrontos entre manifestantes e polícias durante uma manifestação na passada sexta-feira em Bagdade, em protesto contra resultados preliminares das eleições legislativas de 10 de outubro. Os resultados definitivos só devem ser conhecidos dentro de algumas semanas.