O presidente Barack Obama homenageou, esta quarta-feira, Cory Remsburg, um sargento de 28 anos, "o símbolo do melhor que a América tem e representa". O veterano de guerra ficou ferido na explosão de uma bomba numa estrada do Afeganistão e passou meses em coma. Ficou cego de um olho, teve de reaprender a falar e a andar. Esta quarta-feira foi ovacionado pelo congresso norte-americano.
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Cory Remsburg, que assistiu ao discurso Estado da União sentado ao lado da primeira dama, levantou-se, sorriu e acenou a Barack Obama, que conheceu antes de ficar ferido.
Ao congresso, o presidente descreveu Cory "como alguém que não desiste", invocando as lutas que o soldado enfrentou para apelar aos congressistas para um trabalho conjunto na resolução dos enormes desafios dos EUA: o relançamento da economia e a promoção da justiça e igualdade.
Obama conheceu Remsburg, em França, na Praia de Omaha, em 2009, no 65.º aniversário da invasão dos aliados na Segunda Guerra Mundial, o Dia-D. Desse encontro, Obama recordou a boa impressão que soldado lhe causou durante o tempo em que estiveram juntos, a conversar e a tirar fotos.
Uns meses mais tarde, Remsburg ficou gravemente ferido numa explosão junto a uma estrada do Afeganistão. "Os seus camaradas encontraram-no num canal, com a cabeça para baixo, submersa e cheia de estilhaços", contou Obama ao congresso.
Durante a recuperação, o sargento Remsburg foi sujeito a dezenas de cirurgias e muitas horas de fisioterapia.
O presidente norte-americano contou a história de Cory Remsburg no final do discurso do Estado da União, para exemplificar que os "grandes desafios do país nunca foram fáceis".
"Homens e mulheres como Remsburg lembram-nos que a América não se construiu facilmente. A nossa liberdade, a nossa democracia, não foram fáceis de alcançar. Por vezes, vacilamos, cometemos erros, sentimo-nos frustrados ou sem força. Mas durante mais de 200 anos, conseguimos pôr isso de lado e colocar o nosso ombro coletivo na roda do progresso", disse Obama.