O ministro do Interior holandês assegurou esta quinta-feira que será analisado se houve algum problema de comunicação com a Bélgica sobre a expulsão da Turquia, no verão passado, de Ibrahim el-Bakraoui, um dos terroristas suicidas dos atentados de Bruxelas.
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"Não o sabemos, neste momento. Vai-se analisar muito pormenorizadamente para ver o que aconteceu", disse o ministro Ronald Platerk, ao chegar ao conselho extraordinário de ministros do Interior europeus, precisando que esta questão é o tema de uma carta que o Governo holandês vai enviar hoje ao seu parlamento.
Inquirido sobre como pôde acontecer que os terroristas se passeassem pela Europa sem serem detetados, respondeu: "Vivemos numa sociedade aberta, não num Estado policial. Pode acontecer que as pessoas façam coisas horríveis".
Platerk admitiu que, para descobrir pessoas com planos terroristas, é necessário partilhar informação.
"Estamos juntos -- comentou -- na defesa do nosso modo de vida, da nossa liberdade, e na luta contra o terrorismo".
Segundo o responsável, o nível de alerta antiterrorista na Holanda, vizinha da Bélgica, é substancial.
É uma "responsabilidade partilhada fazer o que pudermos para defender a nossa liberdade, a nossa democracia e a nossa maneira de viver", acrescentou.
Sobre o espaço sem fronteiras internas de Schengen, o ministro esclareceu que, quando fala de liberdade, inclui também a de viajar dentro da Europa.
"O terrorismo é internacional, por isso, é vital que dentro da Europa estejamos juntos, lutemos contra o terrorismo e partilhemos informação", argumentou.
"Após os terríveis ataques de Paris (que fizeram, a 13 de novembro de 2015, 130 mortos), foi elaborada uma série de novos planos; o que precisamos de fazer hoje é garantir que serão aplicados", insistiu.