Homens armados atacaram esta quarta-feira um posto policial e o hospital de Tica, distrito de Nhamatanda, Sofala, centro de Moçambique, sem causarem vítimas.
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O ataque ocorreu cerca das 4 horas locais (2 horas em Portugal continental) quando quando homens armados dispararam contra a "permanência da esquadra", tendo, de seguida, invadido o posto de saúde local, de onde retiraram "kits" de medicamentos diversos, sobretudo anti-maláricos, além do material hospitalar. Os homens arrombaram as instalações do posto de saúde.
Desde março deste ano que a região tem sido alvo de confrontos armados entre forças do exército e alegados ex-guerrilheiros da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo).
"As pessoas acordaram assustadas com os tiros, mas os guerrilheiros apenas dispararam na esquadra e foram ao hospital que fica próximo para levar medicamentos", disse à Lusa Pedrito Judane, um residente local, acrescentando que a povoação "voltou à normalidade".
"Tivemos que abandonar as bacias com tomate e outros hortícolas que levávamos para vender na Beira, porque já não havia condições de segurança no local. Já não havia polícia na esquadra atacada", disse à Lusa Deolinda Paruque, uma comerciante.
Esta quarta-feira, em conferência de imprensa em Maputo, o Ministério da Defesa Nacional (MDN) confirmou o ataque, mas sem avançar detalhes, admitindo no entanto que a frequência dos ataques, sobretudo na região centro de Moçambique, é preocupante.
"Hoje, uma esquadra e posto de saúde foram atacados", disse Cristóvão Chume, diretor nacional da política e defesa no MDN, assegurando que o exército vai continuar na defensiva para "garantir a segurança dos bens sociais e económicos".