Os dois homens que assassinaram um soldado de 25 anos, no bairro de Woolwich, em Londres, são britânicos de origem nigeriana que já tinham sido investigados pela polícia antes do ataque de quarta-feira em nome de Alá.
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O soldado foi identificado, esta quinta-feira, como Lee Rigby, de 25 anos, natural de Manchester e pai de um menino de dois anos.
Oficialmente ainda não foram dadas informações sobre os dois atacantes, mas a Imprensa britânica tem avançado alguns dados.
O homem que foi filmado a falar num vídeo amador é, segundo a BBC, Michael Adebolajo, de 28 anos. Cresceu numa família cristã, originária da Nigéria, e frequentava a igreja. Tem uma irmã e um irmão, de acordo com o "The Guardian".
Depois da escola, estudou na Universidade de Greenwich e viveu na residência estudantil entre 2004 e 2005. Alguns dos ex-colegas de escola ficaram surpreendidos ao vê-lo envolvido no ataque de quarta-feira e lembram Michael Adebolajo como um tipo normal que às vezes roubava telemóveis.
Suspeita-se que tenha sido durante a frequência da universidade que Michael Adebolajo se terá convertido ao Islão.
Esta quinta-feira, a polícia britânica fez buscas numa casa em Greenwich, um bairro vizinho de Woolwich, onde ocorreu o assassinato do soldado britânico, que seria a residência do agressor. Alguns vizinhos garantiram à BBC que a polícia levou duas mulheres na casa dos 30 anos, outra mais velha e um menino.
Desconhece-e ainda a identidade do outro homem envolvido no ataque.
O "The Guardian" revelou que os dois homens, baleados pela polícia e hospitalizados após o homicídio, já tinham sido investigados em operações antiterroristas nos últimos oito anos.
A polícia investiga agora as ligações de Michael Adebolajo a um grupo extremista chamado al-Muhajiroun. O diário britânico adianta que o jovem se radicalizou há cerca de dez anos e mudou o nome para Mujaahid, que significa "aquele que inicia a guerra santa".