O plano foi decidido em cinco horas. O esboço ficou feito em 24. Nove dias volvidos, o Hospital Huoshenshan (Montanha dos Deuses do Fogo) foi este domingo entregue, em Wuhan - epicentro do surto do novo coronavírus (2019-nCoV) -, aos médicos do Exército de Libertação Popular (PLA), começando a receber na segunda-feira os primeiros doentes. Numa luta contra o tempo, e replicando o modelo de tratamento SARS de Pequim em 2003, mais de sete mil trabalhadores ergueram um hospital com capacidade instalada de mil camas.
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Neste domingo, oito aviões da Força Aérea do PLA partiram rumo a Wuhan, capital da província de Hubei, com 795 médicos a bordo e 58 toneladas de equipamentos e materiais. Ao todo, são 1400 os clínicos do Exército, tendo a maioria estado no terreno aquando da epidemia da SARS e do surto de ébola em 2014, informa o PLA na sua página na Internet. Trata-se, precisam ainda, da maior operação não-militar da Força Área desde o sismo de 2010 que atingiu Qinghai, no noroeste da China, e que fez cerca de 1500 mortos.
Confinamento
As autoridades chinesas fecharam já 12 cidades: mais de 56 milhões de habitantes estão confinados.
Máscaras
A indústria chinesa está a produzir perto de 10 milhões de máscaras de proteção por dia. Contudo, a produção de máscaras N95, que conferem uma maior proteção, ficam-se pelas 600 mil/dia, num país com 1,4 mil milhões de habitantes.