A Hungria foi o único país da União Europeia (UE) a insurgir-se contra a aprovação do 19.º pacote de sanções para contrariar a "natureza imprudente da Rússia", depois dos últimos bombardeamentos à capital da Ucrânia.
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De acordo com uma declaração da alta representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Kaja Kallas, em nome de 26 dos 27 países do bloco político-económico, os bombardeamentos russos a Kiev "demonstram mais uma vez a natureza imprudente da Rússia" e a "total falta de consideração pela lei internacional".
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O ataque de quinta-feira a Kiev, capital ucraniana, matou 23 civis, incluindo quatro crianças, de acordo com o balanço mais recente das autoridades ucranianas.
Uma onde de choque resultante deste ataque atingiu as instalações da missão diplomática da UE e Kaja Kallas advertiu que "colocar em perigo a vida de diplomatas e funcionários diplomáticos é uma violação clara da Convenção de Viena sobre as Relações Diplomáticas".
Por isso, os 26 países do bloco comunitário, exceto a Hungria, que não subscreveu a declaração, comprometeram-se esta sexta-feira, em Copenhaga (Dinamarca), a "acelerar o trabalho sobre o 19.º pacote de sanções" contra Moscovo: "A UE vai continuar a apoiar de forma abrangente a Ucrânia a todos os níveis".
"Ataques intencionais contra civis e objetivos que não são militares é um crime de guerra", recordou Kaja Kallas, exigindo ao Kremlin "que acabe com os homicídios e demonstre verdadeira vontade de alcançar a paz".

Foto: THOMAS TRAASDAHL/EPA
Os ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa dos países da UE estão entre hoje e sábado reunidos em Copenhaga, capital dinamarquesa, para uma reunião informal.
A informalidade do encontro impossibilita quaisquer decisões e são apenas esperadas declarações políticas.
A Dinamarca preside ao Conselho da União Europeia até ao final de dezembro.
