Um incêndio deflagrou esta quarta-feira no edifício do parlamento da Libéria, durante o segundo dia de manifestações de apoio ao presidente daquele órgão, e membro da oposição, reprimidos com detenções e uso de gás lacrimogéneo pela polícia.
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A causa do incêndio na capital, Monróvia, ainda não foi confirmada pelas autoridades.
O presidente da Libéria, Joseph Boakai, visitou o local e condenou a "destruição arbitrária no país", tendo ordenado uma investigação sobre o incidente.
Os protestos são contra a tentativa de destituir o presidente do parlamento, que enfrenta acusações de corrupção, e os manifestantes pedem também a demissão do presidente do país.
Na terça-feira, a polícia deteve dezenas de manifestantes e utilizou gás lacrimogéneo para dispersar a multidão.
É a segunda vez no espaço de uma semana que há um incêndio no edifício do parlamento, embora não haja qualquer indicação de que os incidentes estejam relacionados.
Segundo a imprensa local, a polícia deteve alguns suspeitos que se encontravam na zona quando deflagrou o último incêndio.
Os protestos ocorreram após meses de tensão sobre a possibilidade de Konati Koffa, presidente do Parlamento da Libéria, que é membro do partido da oposição, ser destituído do cargo por alegadas práticas de corrupção.
A lei da Libéria prevê que este titular pode ser destituído por uma maioria de dois terços da Câmara. Mas sem o apoio necessário para o efeito, o parlamento ficou bloqueado e o governo não conseguiu aprovar o orçamento anual.